Na cozinha de santo há uma série inteira de preceitos do ritual que se há que obedecer.
Os utensílios não são iguais aos da cozinha comum.
Por essa razão traçaremos um plano de organização, colocando em seqüência as coisas que precisam ser observadas para que tenhamos ordem e gozemos das simpatias e
estima constante, de todos os Orixás para os quais preparamos os alimentos, as obrigações.
Via de regra, a Cozinha de Santo tem os seguintes apetrechos, e utensílios:
Mesa ou banca onde se colocam os fogareiros a carvão, se na casa não existe ou não tem fogão a lenha.
Como medida de precaução e até mesmo de maior higiene a mesa modesta, ou banca, deve ser forrada de folha de alumínio que evitará seja a madeira queimada pela quentura dos fogareiros ou pelas brasas que escapam pela grelha; ela pode ser um pouco comprida para comportar, ao lado, um grande alguidar ou bacia.
Onde se procede a lavagem dos utensílios, panelas e louça.
Um fogareiro ou vários conforme a necessidade, de ferro, para carvão vegetal.
São facilmente encontrados em lojas de ferragens, principalmente nos bairros mais modestos.
Panelas de barro, vidradas ou simples.
As colheres são de pau, de variados tipos.
Ralos para coco são de folha.
Urupema (peneira) é de taquara e a encontramos em casas especializadas, o coador deve ser de folha.
Máquina de moer carne.
Atualmente já não se encontra pedra de moer (mó) para triturar grãos e por esse motivo só pode ser resolvido com um moinho ou pilão (que já é difícil de encontrar).
A escumadeira também é de folha.
O fogareiro ou o fogão de lenha não se abana para os dois lados, como na feitura de alimentos profanos; abana-se da Direita para a Esquerda, a princípio parece difícil, mas em pouco tempo acha-se o jeito.
Constituída ou organizada a cozinha, vejamos agora a pessoa ou pessoas que nela vão trabalhar.
As Iabás ou Iabassês, as cozinheiras do Santo, trabalham paramentadas, vestidas no ritual.
Colocam ao pescoço a Guia ou Guias do Orixá cujo alimento está sendo preparado ou as guias de seus Orixás.
Se tem-se recursos maiores, procura-se ter um depósito ou numa dispensa o material ou ingredientes mais usados para se poder atender rapidamente, ao pedido ou ordem superior, referente à qualquer obrigação.
Nos depósitos da cozinha de Santo, não devem faltar os seguintes artigos ou gêneros mais aplicados na alimentação ou nas obrigações:
Azeite de dendê.
Azeite de Oliveira (azeite doce)
Arroz quebradinho
Canjica
Canjiquinha de milho vermelho
Cebolas
Farinha de mandioca, farinha de guerra, farinha de pau.
Feijão fradinho, feijão miúdo
Feijão branco
Feijão vermelho
Fubá de milho vermelho
Fubá de milho branco
Fubá de Arroz
Maisena
Milho alho - para pipocas
Noz-moscada
Ori
Pimenta malagueta
Velas
Antes de começar o trabalho de cozinhar para o santo, a Iabá, ou filha de fé, ou filha de santo, acende uma vela ao seu Eledá, próximo ou ao lado do local onde vai executar o dito trabalho e ao lado da vela, um copo da água.
Se o trabalho se alongar e a vela terminar, antes que isso aconteça, acende-se outra sobre o toco que está terminando, uma outra e ao terminar o trabalho, retira-se a vela e o copo da água de perto do fogão ou fogareiro, colocando-a no Peji ou em lugar alto para terminar, terminada a vela, despacha-se a água em lugar que haja água corrente, no lavatório, no tanque.
Após o serviço, as brasas dos fogareiros são apagadas com areia, nunca com água.
Organizada a cozinha, poderemos a qualquer momento, preparar a iguarias originariamente destinadas aos Orixás tal qual são realizadas na fonte doutrinária do Candomblé.
A história da alimentação dá-nos uma coleção do que faz mal e uma variada coletânea folclórica.
Não se come despido ou sem camisa, é ofensa ao Anjo da Guarda
Comer com chapéu na cabeça é comer acompanhado de forças negativas.
Não se come com o prato na mão; a miséria fareja.
Não se come as pontas dos animais ou aves; são Axés (pertencem) ao santo.
Dinheiro sobre a mesa de refeições provoca miséria.
Quando cai comida no chão ou escapa do talher e vai ao solo é sinal de que existe parente passando necessidade.
Não se apanha alimento que cai ao chão.
É das almas.
Recebe-se o prato com a mão direita; é bênção do prato cheio (C. Cascudo)
Pão não se joga fora; é corpo de Deus.
Donzela não serve sal, não corta galinha, nem passa palitos; custa a casar. (C. Cascudo)
Relativamente à cozinheira, prescrevem:
Não se mexe alimentos que estão cozinhando, no sentido da mão esquerda, senão desanda ou encrua.
Não se mexe comida de Exu com a mão direita, para não absorver fluidos negativos.
Antes de começar a cozinhar para o santo, faz-se o sinal da cruz, tudo correrá bem.
Não bata com a tampa da panela quando estiver cozinhando, afugenta a proteção.
Quando a comida não quer amolecer, coloca-se na panela, três caroços de milho, amolece rápido.
Não deve cozinhar para o santo: os homens de corpo sujo e as mulheres de corpo aberto; Corta o efeito das obrigações.
Há uma porção de determinações referentes ao ritual do Candomblé, assim:
Não se cortam aves ou bichos de quatro pés a não ser nas juntas.
O santo recusa.
Obrigação mal feita ou mal arriada, paga-se em dobro.
Quando se arreia uma obrigação na encruzilhada, não se volta, nem se passa pelo mesmo caminho durante 24 horas, para não pegar os miasmas de retorno.
Antes de se sacrificar um animal (quando necessário) nos terreiros, manda-se limpá-lo com o Otí correspondente, sem isso o santo não aceita.
O Sacrifício de aves ou animais só são aplicados em último recurso, pois que atualmente procura-se fazer Imantações com base em frutos ou pedras preciosas dos diversos Orixás; que será assunto de uma futura pesquisa.
Atenção:
Ao fazer todas as comidas dos orixás, procure estar sempre de corpo limpo, sem sexo, sem menstruação, álcool ou qualquer tipo de ressentimentos no coração e com o seu banho de ervas tomado. Não esqueça de se certificar, que o seu anjo da guarda está iluminado.
ABADÔ
Assasse o milho
Um dos alimentos preferidos de Omulum.
ABARÁ
Faça uma massa idêntica à de acarajé.
Colocar as porções em folhas de bananeira e formar travesseiros que serão cozidos em banho-maria.
ABERÉM
Um bolo de arroz, feijão e açúcar, embrulhado em folha de bananeira, atado com ráfia e cozido a vapor.
ACAÇÃ
Dissolver a farinha em uma panela com água, levar ao fogo brando, sempre mexendo com uma colher de pau, até formar mingau consistente.
Coloque o mingau em pequenas porções, em folhas de bananeira, que deverão ter sido aquecidas nas chamas.
Para murchá-las, cortar as folhas em pedaços do tamanho aproximadamente de dez por quinze centímetros.
Enrolar o mingau de maneira que, quando esfriar, fique do formato de uma pirâmide.
ACAÇÃ DE FUBÁ
Cozinha-se a farinha de milho em água.
É servido embrulhado em folha de bananeira.
Este prato é aceite por quase todos os orixás.
ACARAJÉ
Pôr os feijões de molho em água fria.
No dia seguinte, descascar, feijão por feijão separadamente, passar na maquina de moer carne com a peça mais fina, tendo o cuidado de recolher o caldo.
Passar na mesma peça a cebola e os camarões, e juntar à massa do feijão.
Misturar tudo com o caldo, bater bem com uma colher de pau.
Fritar as colheradas em azeite de Dendê bem quente, e colocar a escorrer em papel absorvente.
ADÓ OU ADUM
Assa-se o milho, misturado com azeite de Dendê e mel.
Esta refeição é apreciada por Oxum.
AFURÁ
Um bolo de arroz feito com açúcar.
AGBÊ
Um estufado feito com ervas e óleo.
AGUXÔ
Uma sopa de vegetais.
AJABÓ
Quiabo picado e adoçado com mel.
ALUÁ
Farinha de arroz ou de milho, fermentada com cascas de ananás e outros frutos, misturada em seguida com raiz de gengibre ralada, açúcar branco ou amarelo e lima.
É a bebida preferida de muitos orixás do Candomblé.
Principalmente de Ogum.
Atualmente, substitui-se, com freqüência, por champanhe ou vinho.
AMALÁ
Cortar os quiabos em formato de cruz bem finos.
Colocar numa panela, as cebolas raladas, o azeite e o camarão seco.
Fazer um refogado e despejar o quiabo cortado.
Mexer com uma colher de pau, até perceber que as sementes estão amarelas (cozinhadas).
AMBROZO
Farinha de milho misturada com açúcar.
ANDERÉ
Uma espécie de vatapá feito com feijão frade.
Quem aprecia este prato é Nanã.
ANJU DE FUBÁ
Pasta de farinha de mandioca comida com camarões e outros mariscos, peixe e carne.
AUSSÁ
Cozinha-se o arroz com água e sal.
Depois, é batido com uma colher de pau, até ficar em purê.
Por vezes, adiciona-se farinha de arroz, para lhe dar a consistência necessária.
Em seguida dá se lhe a forma de um bolo e fritam se em azeite de Dendê.
É uma das comidas preferidas de Oxum.
AXOXÔL
Limpar o milho pôr a cozinhar com o amendoim e algumas tiras de coco.
Após cozido, escorrer e despejar num oberó, enfeitar com tiras de coco crus.
BADOFE
Camarão com azeite de Dendê.
BALAS E BOMBONS
Doces de vários tipos de frutos cristalizados, destinados aos Ibeji.
BATÊTÊ
Inhame cru, misturado com epô e sal.
BEBIDA DE OXÓSSI
É preparada a partir da fermentação do Dendê e do coco.
Para se oferecer ao orixá, coloca-se dentro de uma cabaça, com mel e uma alcachofra dos telhados ou uma rodela de laranja.
BOBÓ
Inhames e mel
BOLINHOS DE EGUM
Misturar a farinha com água e fazer pequenas porções na mão até atingir um formato redondo.
CACHAÇA
Açúcar de cana, conhaque e rum branco.
Quando é utilizada nos rituais, designa-se por marafo.
CANJICA
Milho branco ou amarelo cozinhado com sal.
CARURU
Um purê feito a partir de diferentes tipos de ervas cozidas, tais como a mostarda, unha de gato e pimenta.
Muitas vezes juntam-se-lhe camarões, peixe, quiabos, lima e Dendê.
Este é um prato favorito de Ibeji.
COMIDA DE YEMANJÁ
Cozinhar o arroz na água com sal.
Após cozido, escorrer.
Numa panela à parte, colocar cebola ralada, camarão, azeite.
Levar ao fogo.
Fazer um refogado, despejar o arroz dentro de uma travessa, enfeitar com tiras de coco e ovos cozidos inteiros.
Por fim, regar com o molho do refogado por cima.
CONQUÉM
Galinha da Guiné.
Para além de ser o prato preferido de muitos orixás, as penas são utilizadas nos rituais de cabeça das Iaô.
Espalham-se sobre o sangue que goteja na cabeça da iniciada.
DENGUÊ
Papa confeccionada com milho branco ou arroz, cozinhado com açúcar.
É uma comida destinada a Oxalá, Ogum e Oxóssi.
DUBURU ( PIPOCA )
Numa panela, pôr um pouco de azeite de oliva.
Quando estiver quente, despejar aos poucos o milho de pipoca.
Mexer até os caroços rebentarem ou se abrirem.
Designada por (flores de Omulu).
EBÔ
Cozinhar o milho de canjica branco.
Após estar cozido, escorrer, e está pronto o ebô de Oxalá.
Enfeite o prato com folhas da costa.
ÊCÔ
Papa de milho e açúcar amarelo.
ÊFÔ
Uma espécie de caruru feito de ervas, como a mostarda e a Buglossa (língua de vaca).
ÊFUM ÔGUEDÊ
Pasta dura de banana seca.
EPADÊ DE MEL
Misture a farinha de mandioca com o mel, até formar uma farofa.
EPADÊ DE DENDÊ
Misture a farinha de mandioca com o azeite de Dendê, até formar uma farofa.
FAROFA
Farinha de mandioca, frita em manteiga ou azeite.
Por vezes, juntam-se-lhe tiras de carne seca, cebola ou ovos.
A farofa acompanha feijão, bife ou pratos de aves.
FUBÁ
Refeição de milho.
GRONGA
Whisky com lima, gengibre e outras ervas.
IAPETÉ
Cozinhar o inhame até ficar macio.
Depois, socar bem até formar uma pasta.
Quando pronta a pasta, acrescenta-se um refogado de cebola ralada, camarões secos e azeite de Dendê.
Misture a pasta do inhame em um pouco de água até formar uma massa de purê.
IBEJUIRI
Quiabo e peixe seco com camarões, cozinhado em azeite.
ICHÉ
Vísceras de animais sacrificados, cozinhados em azeite doce.
JUREMA
Bebida alucinógena preparada com o fruto, as raízes e a casca da planta com o mesmo nome.
KINANA
Sésamo, farinha, sal e açúcar.
LATIPÁ
Comida preparada com a planta da mostarda brava.
LELÉ
Leite evaporado, adoçado e caramelizado, com coco ralado.
Este é um alimento favorito dos orixás femininos.
MANJAR DO CÉU
Pudim de custarda.
MELADINHA
Uma bebida preparada com cana de açúcar, brandy mel.
MI AMI-AMI
Farofa frita em Dendê e oferecida a Exu, como despacho, para que seja portador de uma petição, junto dos orixás.
MOQUECA
Peixe ou mexilhões, fervidos em azeite ou Dendê, com sumo de lima, vinagre e pimenta, embrulhado numa folha de mangueira ou de tabaco.
MUNGUNZÁ
Milho branco seco, cozinhado em leite de vaca e leite de coco, temperado com canela e açúcar.
OGUEDE
Banana da terra, frita em azeite de Dendê.
OLUBÔ
Raiz de mandioca descascada, cortada em tiras muito finas e secas ao sol.
Quando está pronta a ser utilizada, pisa-se num almofariz, estende-se e cobre-se com água a ferver.
OMOLUCUM
Feijão frade e ovos, temperados com sal, camarão moído e Dendê.
OXIN-XIN
Carne fresca, cozinhada com camarão e Dendê.
PAMONHAS
Bolinhos de purê feijão, com camarão seco.
Fritos, e colocados em cima de pedaços de folha de bananeira.
PETÉ
Pasta feita com inhame e camarão seco.
VATAPÁ
Purê de peixe e camarão, cozinhado em leite de coco e Dendê.
É servido com pimenta malagueta.
É acompanhado por anju de fubá.
UADO
Pipocas em pó, misturadas com mel ou açúcar e Dendê.
Oferece-se a Oxóssi e a Oxum.
XEKETÊ
Milho assado, fermentado em conjunto com gengibre em pó e açúcar amarelo.
XIN-XIN
Galinha desfiada, misturada com sal, alho e cebola, e é cozinhada em azeite de Dendê.
Serve-se a Iansã e a Oxum.
COMIDA DOS ORIXÁS
Oxalá
Qualquer coisa branca, sem sal nem azeite de Dendê, incluindo galinha, fubá branco simples, acaçá de bode com arroz, mungunzá, canjica, aluá e denguê.
Yemanjá
Milho banco ou verde, com azeite de oliva ou mel, incluindo galinha branca e pato.
Estufado de cabra, salmonete cozido com azeite e algas marinhas, manjar do céu, moqueca, sardinhas, camarões e papaia.
Ogum
Amalá, galo vermelho, bode, cogumelos, feijoada, vísceras, inhames assados, batatas, agriões e feijão frade.
Cozinhados em azeite de Dendê, manga espada, uma espécie de cerveja, aluá.
Oxóssi
Axexê, olubô, uado, jurema, frutos variados, principalmente xeketé de coco, porco, milho vermelho, amendoins, coco, coquem.
Xangô
Abará, caruru, adô, aberém, amalá de quiabos, todos os tipos de fruta, tartaruga, galo vermelho, cerveja preta.
Iansã
Acarajé, abóbora, peixe, camarão, xin-xin de galinha, ipeté, peixe fresco cozido em azeite e temperado com pimenta, cerveja macia, água da cachoeira, abará e manga rosa.
Nanã
Fubá de milho branco e bananas, galo, bode, farinha de milho, aberém, abadô, doburu, latipá, ananás, laranja.
Obaluaiê
Feijão preto, porco, farofa, mel, frutos variados, tabaco.
Oxumaré
Gururu, aberém, feijões, milho, arroz, azeite, acarajé, camarão e tartaruga.
Oxum
Omolocum, adum, uado, moqueca de peixe, carne, galinha, frango, aussá, xin-xin, lelé, banana, papaia e água pura de nascente.
Ibeji
Vatapá, bombons, mel, maçãs, pêras, uvas, guaraná, galinha.
Exu
Come praticamente de tudo, mas os seus alimentos preferidos são, o galo preto, o peru, bife, pipocas, farofa frita em azeite de Dendê, limão, lima, cachaça, conhaque e efó.
Pomba Gira
Farofa crua de fubá, pimenta, cebolas, ovos mexidos, galinha preta ou pombo, Dendê, daiquiris de coco, aguardente de cana, maracujá e inhame com canela.
BEBIDAS COESPONDENTES A CADA ORIXÁ
Orixá |
Bebida Correspondente |
Oxalá |
Champanhe com rôtulo branco. |
Nanã |
Soda Limonada |
Xangô |
Cerveja Preta |
Ogum |
Cerveja Branca |
Yemanjá |
Água Mineral sem gás |
Oxum |
Água Mineral sem gás |
Oxosse / Caboclo |
Vinho Branco de Mesa |
Inhasã |
Vinho Rosé |
Obaluaê / Omulú |
Suco de Laranja Lima |
Ibeji |
Guaraná |
Preto-Velhos |
Vinho Tinto |
Exú |
Cachaça |
FRUTAS QUE OS FILHOS DESTES ORIXÁS
NÃO DEVEM COMER POR RESPEITO
Fora dos respectivos dias
Relação das frutas que têm grande vibração dos Orixás
OXALÁ Uva, pêra, maçã, damasco, melão, figo
SENHORAS Todas as frutas cítricas: limão, tangerina, laranja, sapoti, nêspera, mangaba, jenipapo
IBEJI Goiaba, amora, pitanga, groselha, cereja, jabuticaba, grumixama
XANGÔ Marmelo, mamão, melão, melancia, abiu, abricó, caqui, fruta-de-conde
OGUM Graviola, banana (exceto d'água), ameixa, pitomba, ciriguela, abacate, abiu, lima-da-pérsia
OXÓSSI Coco, cana-de-açúcar, camboatá, sapucaia, cacau, caju, mangaba
ALMAS Jaca, abacaxi, cajá-manga, manga, carambola, fruta-pão, morango, banana d'água (específica para Exus)
EXU Banana nanica, banana vinagre (roxa), cana caiena, jaca
Estas frutas podem ser consumidas pelo Ser encarnado nos dias determinados para os Orixás, para reforço da freqüência dos mesmos em cada um. Também pode ser oferecido a alguém em intenção ao Orixá da pessoa a fim de angariar a simpatia do mesmo.
Nós que utilizamos estes três reinos, sabemos também que vivemos envolvidos no Reino dos Encantados, os quais agem diretamente sobre nossas vidas, através dos Elementos respectivos na Natureza, coadunando-se com os respectivos Orixás, a saber:
ELEMENTOs, ONDE ATUAM OS ENCANTADOS ORIXÁs
LUZ Tempo (horário) (Oxalá)
ÁGUA Marés, rios, cachoeiras e tempestades (Senhoras)
TERRA Calmarias (Ibeji)
PEDRA Odores, umes (Xangô)
FERRO Frio, inclusive dos metais (Ogum)
MATA Brisa, cheiro de mato (Oxóssi)
FOGO Raios, centelhas, incêndios (Almas)
Torna-se necessário que utilizemos os três reinos; o Mineral, o Vegetal e o Animal, com a sabedoria necessária e em conjunto com os Encantados e seus Elementos, para que possamos, o mais sabiamente possível, dar em nossas vidas, a seqüência efetiva às 3 (três) Leis Fundamentais, que à tudo e a todos regem:
A LEI DO CARMA: crédito dado
A LEI DE CHOQUE E RETORNO: débito de cada Ser
O LIVRE ARBÍTRIO: que ira, em síntese determinar o tipo de saldo que teremos em nossas Contas Siderais